Defensoria Pública Estadual condena situação precária do hospital municipal de Chapadinha

Após realizar vistoria no Hospital Antônio Pontes de Aguiar (Hapa), a Defensoria Pública do Estado (DPE/MA), Núcleo Regional de Chapadin...


Defensoria Pública do Estado condena situação precária do Hapa

Após realizar vistoria no Hospital Antônio Pontes de Aguiar (Hapa), a Defensoria Pública do Estado (DPE/MA), Núcleo Regional de Chapadinha, fez uma série de recomendações ao Município e à Secretaria de Saúde local, a fim de garantir a reforma completa do hospital, sob pena dos gestores responderem judicialmente.

Segundo o defensor público, Renan Barros dos Reis, restou comprovado que o local não atende às especificações inerentes ao bom funcionamento de um centro de saúde. "Não há o mínimo de estrutura para acolhimento das pessoas que procuram o Hapa. Quem para lá se dirige se depara com ambientes insalubres, sem ventilação ou climatização. Não há um mínimo essencial para o tratamento digno, gerando grave perigo para os pacientes, além de um ambiente de trabalho ainda mais estressante para os próprios funcionários", afirmou. Renan Reis foi enfático ao dizer que em caso de desobediência às recomendações, serão adotadas as medidas judiciais cabíveis.

Foram inspecionados o número de ambulâncias, de médicos, enfermeiros, escalas e folhas de ponto, dentre outros. Em âmbito estrutural, verificou-se que a maioria das salas estão úmidas, com paredes e teto mofados, com vazamentos hidráulicos. Alguns compartimentos não possuem sequer energia, motivo pelo qual pacientes e acompanhantes permanecem no escuro e no calor (vide imagens, clique para ampliar).

Situação caótica do hospital municipal de Chapadinha 1

Situação caótica do hospital municipal de Chapadinha 2

Situação caótica do hospital municipal de Chapadinha 3

Situação caótica do hospital municipal de Chapadinha 4

Situação caótica do hospital municipal de Chapadinha 5

O defensor constatou também que não havia aparelho de raio-x, os consultórios especializados não contavam com os equipamentos necessários, a sala de ultrassom se encontrava desativada e a de cirurgia não possuía sequer estrutura para procedimentos de média complexidade, dentre outros problemas. A equipe de cirurgia informou que só realiza procedimentos básicos, especialmente pela ausência de estrutura de pós-operatório. Quanto a cirurgias ortopédicas, sé realizam as de menor complexidade, em braços e pernas.

"Produzimos um relatório extenso que reflete uma gama gigantesca de problemas e desvios administrativos que devem ser corrigidos, para o bem da população mais pobre que procura um serviço médico eficaz e humanizado", concluiu o defensor público.

Fonte: Chapadinha online

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